Compras por app vieram para ficar. Seu negócio está pronto para vender online?

A crise do coronavírus mudou, e muito, alguns hábitos de consumo. Com estabelecimentos fechados em várias localidades e a necessidade de isolamento social, as pessoas têm dado preferência às compras por meio de aplicativos. Até mesmo quem não mantinha esse hábito, em função das circunstâncias, teve que se render.

Pelo menos é o que revela pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva ― especializado em comportamento de mercado. Segundo o instituto, as compras feitas por aplicativo cresceram 30% durante a pandemia. Mais que isso: 49% dos entrevistados revelaram que pretendem ampliar as compras por app, mesmo depois do fim do isolamento.

Esses números devem chamar a atenção de empreendedores que ainda não levaram seus negócios para a internet. Afinal de contas, se antes as compras online já eram uma tendência, essa demanda crescerá durante e após a pandemia.

Neste artigo, traremos mais informações sobre a pesquisa do Instituto Locomotiva, além de apresentar várias dicas sobre como vender online. Confira!

Principais resultados da pesquisa do Instituto Locomotiva

A pesquisa foi realizada pelo Instituto Locomotiva no mês de abril, durante o início do isolamento social na maior parte do país. Na ocasião, o instituto ouviu 1.131 pessoas em 72 cidades espalhadas por todos os estados brasileiros.

O levantamento revela mudanças sensíveis no comportamento do consumidor. Vejamos alguns resultados:

• 49% dos consumidores compartilham a intenção de ampliar as compras por aplicativo com o fim da quarentena;

• 39% dos entrevistados revelaram estar comprando mais alimentos;

• 53% afirma que diminuiu a aquisição de produtos provenientes de lojas de departamento;

• 15% indica que passou a solicitar a entrega de alimentos em casa;

• 25% dos entrevistados que já faziam pedidos de comida com regularidade, intensificaram o hábito durante a pandemia;

• 15% indica ter diminuído o uso de aplicativos para pedir refeições, revelando certa preocupação com a desproteção dos entregadores.

Para o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles ― especialista em comportamento do consumidor ― a expansão do mercado online já era uma tendência, antes mesmo do início da pandemia, que acabou funcionando como um catalisador desse processo. Isto é, no contexto da Covid-19, as compras por aplicativo se fortaleceram e vêm mostrando que vieram para ficar.

Dicas para vender online

No atual cenário, vender online pode ser a diferença entre ter ou não um negócio competitivo. Ou, pior, pode ser a diferença entre os negócios que vão sobreviver e os que vão perecer no novo mercado que se desenha.

Pensando nisso, preparamos algumas dicas relevantes para quem pretende começar a vender online.

Ofereça o que você pode entregar

A maioria dos pequenos negócios conta com sérias restrições financeiras para começar a vender online. Faltam recursos para contratar o melhor serviço de hospedagem, pessoal para atender clientes que entram em contato por diferentes canais de comunicação, e para muitas outras atividades essenciais para o funcionamento de um e-commerce.

Sabemos como ninguém de tudo isso. No entanto, essas dificuldades iniciais, para fazer a chamada transição para o meio digital, não justificam prometer entregar o que não se consegue cumprir ― erro capital de muitos empreendedores.

Dentro de sua disponibilidade de orçamento, organize sua operação de modo que você conheça quem são seus fornecedores, quais são os prazos de entrega, quais produtos você terá em estoque e tudo mais que for necessário para não frustrar o seu público. Tenha em vista que a reputação de sua loja online é algo essencial para sobrevivência de seu negócio a médio e longo prazo.

Atenção aos aspectos logísticos

Vendas online, sobretudo em um e-commerce que busca construir autoridade em determinado mercado, devem ser impecáveis no tocante a aspectos logísticos. A entrega, por exemplo, deve acontecer sempre dentro do prazo ― se possível de forma antecipada, o que tem impacto extremamente positivo sobre a percepção do consumidor.

Outras questões também merecem bastante atenção. O ambiente para pagamento, e o site como um todo, devem ser 100% responsivos. Ou seja, quem compra deve estar seguro de que seus dados pessoais e bancários não serão roubados, ou utilizados para qualquer outro fim que não o pagamento do produto.

O pós-venda, por sua vez, não pode ser deixado de lado. Estabeleça uma política muito clara nesse sentido. Se o e-commerce não realiza trocas para determinada categoria de produtos, deixe essa condição expressa em letras garrafais na página de vendas. E, para aquelas mercadorias que eventualmente possam ser trocadas, as condições para tal também devem ser informadas de forma clara.

Esse nível de transparência permite que seu negócio opere sem contratempos e se resguarde de contestações infundadas de consumidores que não leem a política de trocas.

Invista em anúncios

O varejo online é um espaço em disputa por um número crescente de empresas, de modo que, para pequenos negócios, pode ser bastante desafiador fidelizar um público. Frente a esse objetivo, umas das estratégias para trazer tráfego para a sua loja virtual é o investimento em anúncios. 

Temos como possibilidade: links patrocinados no Google, banners digitais, anúncios no YouTube, impulsionamento de publicações em redes sociais, entre outras.

Com pequenos investimentos, você pode começar a avaliar quais dessas opções trazem mais retorno para sua loja virtual em termos de número de visitas.

Com o artigo de hoje, esperamos ter apresentado um panorama sobre o comportamento do consumidor em tempos de pandemia. Como destacamos, esse evento pode ter acelerado a adesão às compras por meio de aplicativos, que já apresentavam forte crescimento. Nesse cenário, também cabe a você acelerar o processo de transição digital de seu negócio, para começar a vender online o quanto antes.

E, para quem está em busca de inspiração, recomendamos a leitura de mais este conteúdo de nosso blog: “Negócio online: 6 ideias para te inspirar a criar o seu em 2020”.