No Espírito Santo, isso é bastante comum. Segundo dados do Relatório Especial Sobre Empresas Familiares, do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 64% dos pequenos negócios capixabas possuem parentes entre seus sócios ou colaboradores. Com isso, o Espírito Santo está em terceiro lugar nacional no ranking de empresários que trabalham em família.
Ter uma empresa familiar possui diversas vantagens, como o elo de confiança existente; comunicação, muitas vezes, mais fácil e direta e interesses em comum. Segundo a pesquisa Retratos de Família, da consultoria KPMG, realizada em 2015 com empresários, entre os principais pontos fortes de uma organização familiar estão a tomada de decisões rápida e flexível, o foco no core business e a visão de longo prazo.
Porém, existem alguns aspectos que podem ser considerados as fraquezas da administração familiar, como conflitos de interesses entre família e empresa; rivalidades pessoais e planejamento financeiro priorizando a família e depois os negócios.
Resumindo: mesmo quando a formação empresarial dos sócios é consistente, se não houver regras e planejamento dentro da empresa, podem ocorrer situações que afetem negativamente a sobrevivência do negócio.
É preciso que todos na empresa tenham consciência de que a empresa precisa ser independente, que precisa crescer e para isso necessita da geração de lucro que possibilite uma larga evolução. Os envolvidos na gestão precisam unir forças para vencer os conflitos e ainda realizar uma administração coerente, que busque aperfeiçoar os controles administrativos e os recursos humanos, pois são as chaves para se alcançar o sucesso em qualquer gestão.
É bom estabelecer regras claras desde o início, definindo as funções e responsabilidades de todos os envolvidos, conscientizando a todos que são colaboradores e que, portanto, serão cobrados constantemente.
O planejamento é fundamental e deve ser acompanhado sistematicamente. Construa os valores da empresa juntos, para que todos possam entender aonde a empresa quer chegar, definindo metas e prazos.
A empresa deve ser tratada como tal, e é preciso que todos tenham consciência de que o dinheiro da empresa não pode ser misturado com as finanças pessoas.
Trate seus parentes da mesma forma, como trata seus funcionários. Se o seu parente não for cobrado tanto quantos os outros, pode causar mal exemplo e prejudicar a produtividade. Importante também que os salários definidos para cada funcionário seja de acordo com suas competências e não por nível de parentesco.
Evite tomar decisões em momentos de abalo emocional. Não deixe que desentendimentos por assuntos familiares sejam levados para dentro da empresa.
Para garantir a transparência e ajudar nas definições de critérios e regras, uma boa alternativa é criar um conselho de família. A ideia é possibilitar que os membros se reúnam esporadicamente para discutir, resolver conflitos e também alinhar os objetivos e valores da família com os da empresa.
Evitar conflitos em uma empresa familiar é possível se houver planejamento e esforço por parte dos envolvidos. O segredo está em buscar o máximo comprometimento dos sócios e criar um ambiente de cumplicidade e unidade em torno dos objetivos comuns.
Já leu nosso último post “Redes sociais: aliadas ou vilãs do seu negócio?”? Confira aqui.
Lenimar Sedda | Ago 8,2018
Muito bacana.
sebraees | Ago 21,2018
Ficamos felizes em saber que gostou, Lenimar! Agradecemos seu feedback!
claudia rodrigues caxias | Mai 2,2019
Bom dia
Eu trabalho com o meu marido na minha empresa só que agente briga, porque ele é cabeça dura.
O que eu faço?
Sebrae ES | Jun 10,2019
Oi, Claudia! Quando se empreende em casal, é necessário ter, além dos mesmos objetivos empresariais, as obrigações e atividades de cada um muito bem especificadas. Dessa forma, fica mais fácil de se conviver na empresa. Além disso, é fundamental separar o trabalho da vida em casal, e vice e versa.
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