O mercado de trabalho e o mundo dos negócios podem representar ambientes um tanto intimidadores e desafiadores para as mulheres. Felizmente, estamos em um momento no qual o empreendedorismo feminino tem crescido e contribuído para fortalecer a presença e o empoderamento das mulheres nesses espaços.
Os desafios do empreendedorismo feminino são diversos e, em muitos ambientes, infelizmente, ainda é comum que mulheres não sejam encorajadas a perseguir essa jornada. Apesar disso, há vários exemplos de histórias de superação que podem ser uma fonte de inspiração para encorajar e motivar as mulheres ao trilharem este caminho.
Para conhecer histórias assim, continue a leitura. A seguir, apresentaremos quatro exemplos de mulheres que ouviram o chamado do empreendedorismo feminino e que representam uma inspiração de criação e liderança de negócios bem-sucedidos.
Nos anos 1950, Adelina Clara Hess tinha uma grande sobra de tecido e um caminhão. Este foi o impulso para a criação da marca de camisas Dudalina.
Anos depois, sua filha, Sônia Hess, assumiu a presidência e aumentou o faturamento da marca em 50% em somente dois anos.
Um dos maiores destaques da Dudalina durante a presidência de Sônia Hess foi a ampliação dos produtos de vestuário da empresa. Com uma nova linha de peças voltadas às mulheres, Sônia apostou no crescimento de um público feminino que começava a entrar no mercado de trabalho.
Hoje, Sônia Hess faz parte do Grupo Mulheres do Brasil, uma organização com o objetivo de eliminar a desigualdade de gênero e promover ações de empreendedorismo feminino em todo o país.
Provavelmente você conhece o impacto no varejo brasileiro dessa história de empreendedorismo feminino. Luiza Helena Trajano é gestora da rede Magazine Luiza, referência no mercado.
Desde jovem, trabalhando na loja de seus tios, Luiza conquistou o seu espaço e transformou totalmente o mercado de varejo com a sua visão de negócios.
Como integrante do conselho administrativo do Magalu, Luiza Helena Trajano esteve à frente de ações relevantes para o empreendedorismo feminino.
Entre essas, a rede de varejo investiu em ações de combate à desigualdade e de impacto social. Além disso, durante a pandemia, a marca foi um case de sucesso, operando a toda potência mesmo com lojas fechadas, por conta de seu investimento no e-commerce, o que também demonstra o seu DNA de inovação.
Muitas vezes, as histórias mais inspiradoras de empreendedorismo feminino têm origem na batalha do dia a dia enfrentada por este público. Zica de Assis, moradora da favela do Catrambi, no Rio de Janeiro, começou a trabalhar ainda criança como babá. No trabalho, era repreendida pelas patroas por conta de seu cabelo black power.
Com isso, ela passou a se interessar por fórmulas e produtos para relaxamento capilar e em se tornar cabeleireira. Zica Assis buscava algo que valorizasse seus fios, fugindo da tendência de alisamento proeminente na época. Nasceu aí a semente para o Instituto Beleza Natural.
Em 1993, Zica Assis arriscou tudo o que tinha na fundação de seu primeiro salão: R$ 4.200 reais e um fusca, vendido por seu marido que, na época, trabalhava como taxista.
Hoje, o Instituto Beleza Natural tem um faturamento médio anual de R$ 250 milhões. Tudo isso partindo da força de vontade, motivação e do esforço de divulgação do produto de forma orgânica e com um toque empoderador de Zica Assis.
Helena começou a sua carreira ainda adolescente, largando a faculdade de arquitetura aos 18 anos para trabalhar como modelo em São Paulo. Entre os trabalhos de modelo, ela começou a atuar como garçonete da chef Neka Menna Barreto.
Algo que vemos em algumas histórias do empreendedorismo feminino é que, muitas vezes, oportunidades da vida nos direcionam para outro caminho. Foi o caso de Helena Rizzo. Depois de estagiar em restaurantes renomados como o Gero, do Grupo Fasano, ela seguiu no ramo da gastronomia e nunca mais olhou para trás.
Hoje, Helena Rizzo é referência na gastronomia contemporânea, eleita melhor chef do mundo pela revista britânica The Restaurant, em sua premiação Veuve Clicquot. Seu restaurante, o Maní, é um dos mais famosos de São Paulo.
O que você achou dessas histórias inspiradoras de empreendedorismo feminino? Ainda tem receio em abrir seu próprio negócio? Você sabia que não é preciso um investimento muito grande para começar a empreender? Leia mais em nosso artigo “5 ações para abrir um negócio lucrativo gastando pouco”.
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